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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Nos indecisos está o futuro - Parte 1

Tema:
Em todas as Democracias, é normal a existência de numerosos cidadãos indecisos em quem votar e resistindo até ao último momento. Os "democratas assumidos" avaliam-nos como um mal necessário no funcionamento democrático, porém esta posição cria uma distracção que esconde o fundamental, isto é, eles não são doentes, são saudáveis a lutar contra doenças.

Os cidadãos indecisos são apenas cidadãos inteligentes, irredutíveis, que não desistem de votar com lucidez no seu voto. Por outras palavras, recusam-se a aceitar que tudo está bem e que o problema é deles quando, na verdade, sentem que está mal e é a votação que tem problemas. 
Assim, o seu elevado número nas Democracias expressa a presença de anticorpos saudáveis a reagir a virus endémicos (bugs) em situações bem definidas, as eleições.

Índice
Parte 1 (post actual)
√ - Introdução
√ - A neutralidade
√ - Os votantes
√ - O bug "só votas SIM"

Parte 2 (post seguinte)
√ - O bugzinho dentro do bug
√ - A derrota do bug
   - Q&AM
√ - Conclusão

Introdução

O problema é simples, a votação é apenas um instrumento social destinado a comparar conjuntos de opiniões individuais mediante "pesagem" das suas quantidades.

Deste modo, o seu resultado não diz se a opinião decidida é boa ou má mas, apenas, se o nível de concordância/adesão grupal é elevado ou baixo. Pode existir um elevado nível de acordo/adesão grupal em simultâneo com um elevado nível da "erro" na opinião ganhadora. O resultado de uma votação não é sobre a validade técnica da opinião ganhadora mas sobre a sua validade social.

Numa conclusão "fast think", a validade do resultado depende da validade das condições processuais  de votar e da maturidade informativa (informação e compreensão) dos votantes. Quando estas duas condições não existem a "votação democrática" nada tem de democracia. "Ser eleito", per si, é condição necessária mas não suficiente de eleição democrática.

Como em qualquer pesagem, se os pratos estão equilibrados, um grão de areia decide o mais pesado. No caso da votação, os indecisos poderão ser o "grão de areia" que define a decisão:


Isto é, se os votos estão equilibrados, são os indecisos acerca do que votar que decidem o futuro a construir. O bug resume-se em poucas palavras, "quem não sabe o que fazer, decide o que vai ser feito".

Convém distinguir entre decisão e decisor, por exemplo, um doente não decide a operação a fazer mas decide ser, ou não, operado. Na prática, na Democracia pode acontecer que duas propostas políticas  tenha cada uma 45% de adesão no grupo de apresentação, mas o decisor final da adoptada pode ser um grupo de 10%, estranho à sua construção e indiferente à adesão.
Desde a Democracia Ateniense que se considera o voto ser apenas uma consequência operacional da essência da Democracia e esta estar no diálogo político e não na votação.

Este “bug” infiltrado no processo democrático, é bem conhecido da sociedade, comentadores, partidos, massmedia, etc, porém continua intocável e activo com todos observando, criticando e nada fazendo, mas esperando um "milagre" para resolver a sua negatividade, ao estilo de uma síndrome de kitty Genovese.

Com gritante evidência, este consentimento significa que todos sabem que todos sabem que quem não sabe o que fazer, decide  o que vai ser feito:

Títulos no massmédia
Esta situação é vulgar e normal por todo o lado. Poder-se-á, assim, concluir que os indecisos são muitos, existem por todo o lado e contaminam negativamente a Democracia. É uma perspectiva, mas há outra que se lhe opõe que é eles contaminarem positivamente a Democracia.

Por exemplo, o facto do Brasil ter 28 milhões de indecisos numa eleição presidencial pode concluir-se   duas possíveis causas. Uma delas é que a origem está nos indivíduos, ou seja, não há problema democrático, mas sim uma doença mental epidémica de abulia ou incapacidade decisória. Porém, isso não é lógico, pois os 28 milhões de votantes fazem decisões todos os dias desde comprar casa e automóvel até decidir se comem peixe ou carne ao almoço.

Assim, o problema deve ser outro e com base na "Teoria de Campo" (Field Theory) se, num determinado contexto muitos indivíduos têm o mesmo comportamento, ele deve ter origem na mesma situação que os afecta de igual modo. Assim, se numa eleição existem muitos votantes indecisos, a causa deve estar nos "menus" apresentados, comum a todos, e não nos votantes, todos diferentes entre si. A ser assim, não são os eleitores a precisar de tratamento mas sim as propostas a precisar de reformulação.
Como exemplo, num restaurante, quando os clientes recusam qualquer oferta, não há clientes abúlicos com dificuldades de decisão, há sim um menu recusado.

Numa visão global deste problema, verifica-se que ele é comum a todo o ser vivo, por exemplo, se se der comida a um cão, ele antes de comer cheira a oferta e se tiver dúvidas cheira melhor ou recusa. Isto significa que o cão para decidir o que fazer procura a informação que precisa:


Querer decidir com informação não é uma característica humana é uma necessidade operacional para se poder escolher. Sem informação é saudável ficar indeciso e é doentio escolher às cegas.

Numa votação, a existência de muitos indecisos, não significa incapacidade mental ou debilidade democrática, significa um sinal de lucidez política, de sintoma de falta da informação necessária para construir a decisão. Não é uma doença cultural, é a saúde cultural a querer usar lucidez e não crendice para decidir.

Nas democracias, a existência de indecisos nas votações significa que não conseguiram construir a decisão. O problema está em informação deficiente, generalista, caótica, ou não válida para decidir a escolha. Esta é uma situação vulgar na publicidade política e comercial.

Quem escolhe com informação inútil se, além de indecisos também forem crédulos, então decidirão com base em afectividade, moda, pressões, crendices, pertença grupal, escolha do "mal menor", etc. Em casos de publicidade comercial enganosa a alternativa não é grave pois origina experiência independentemente de originar também perda de dinheiro, protestos, recusa em tornar a comprar, etc.

Porém, na publicidade política enganosa a situação é mais grave pois, continuar indecisos até ao fim, significa escolher "à balda" ou ficar neutros com voto branco (não sei o que fazer), com voto nulo (não sei como fazer) ou com absentismo (recusa a fazer).

Na prática e em resumo, as opções que restam aos indecisos-até-ao-fim são escolher "à balda" ou neutralidade.


A neutralidade

Uma história:

Imagine que vê alguém levar bofetadas. Não quer interferir porque não sabe o que se passa e, portanto, fica neutro. Na verdade, esta neutralidade não tem nada de neutro. Na prática, é uma autorização, um consentimento e um apoio para que um deles continue a dar bofetadas e o outro continue a levá-las.
Se o observador fizer algo, impedir ou acrescentar um estalo, o equilíbrio da situação é alterado e o resultado final não é o mesmo, porque ele deixou de seu neutro.

Em termos humanos, desde que uma pessoa tenha conhecimento de uma situação, a neutralidade pessoal nunca mais é mais possível, pois fazer NADA é agir a favor de quem domina/controla o que está acontecendo.
Se "ficar neutro", quando decide fazê-lo não sabe quem vai ganhar mas, no final, saberá quem foi... foi aquele a quem, com a sua neutralidade, deixou que tudo continuasse. Se no final gosta do resultado, então,"ainda bem", se não gosta, então, "ainda mal", mas qualquer um foi obtido com a decisão de fazer "nada".

Quem se abstem, vota branco, ou vota nulo ajuda sempre o vencedor final pois, se tivesse feito "ALGO", mesmo de efeitos pequeníssimos, o resultado nunca seria exactamente o mesmo. Na anterior história da bofetada, ficar neutro significa apenas ficar do lado de quem está a dar bofetadas porque está a ser o "dono" da situação.


Os votantes

A actual democracia é um jogo de equilíbrio entre partidos e grupos (lobbies, sensibilidades internas, etc) que, muitas vezes, "se equilibram" à porta fechada.
Por ex., em certos países, a eleição de figuras públicas, partidárias, funcionais, etc, é feita, não por sufrágio directo, mas em Câmaras de Representantes de controlo e negociações mais fáceis, porém não necessariamente mais competentes ou legitimas, legais, transparentes, isentas, etc. É a chamada "democracia governada" (ver M. Duverger), ou seja, é uma democracia obediente a uma minoria.

Se se analisar os votantes de uma Democracia, eles constituem duas classes lógicas, os "cidadãos controlados", formal ou informalmente nas teias partidárias ou quejandas, e os "cidadãos não-controlados" que teimam em se manifestar à revelia dos partidos, e que hoje são chamados "independentes".

Repare-se na ironia do nome (lapsus línguae?) de "independentes" pois, por lógica, estão a afirmar que os outros, os eleitos partidários não são independentes e sim dependentes, uma espécie de "his master voice".

Porém, hoje, a questão complica-se porque, mesmo nos "controlados"existem outras duas sub-classes lógicas, os militantes (hard group) mergulhados na disciplina e crenças partidárias e os simpatizantes-incertos (soft group) mais indisciplinados, normalmente em grande número, incertos, flutuantes inter-partidos e constituindo um factor de incerteza partidária.

O cerne da questão é que a classe lógica dos independentes e dos simpatizantes-incertos não se preocupam com crenças, ladaínhas partidárias, dogmas, defesa da "camisola", etc, mas focam-se em problemas, soluções e lucidez versus enevoamento. Não gostam de politiquice mas talvez gostem de política.


O bug "só votas SIM"

Não se pode votar contra,
só se pode votar a favor.

Uma campanha eleitoral é uma espécie de venda de adesões através de contactos e propaganda política.
Em principio, os cidadãos inseridos nos partidos têm a opção de voto clarificada pelo que, para eles, as campanhas seriam desnecessárias. As grandes manifestações partidárias nas campanhas servem apenas de “show” para consolidação interna e externa de simpatizantes. É uma espécie de catarsis familiar e de amigos.

O objectivo da campanha é principalmente enlaçar (to bind) os neutros e os indecisos. A estratégia é simples, o seu objectivo é convencer por afectividade (apertos de mão, contacto face-a-face, sorrisos, beijinhos às crianças, etc) ou por ladaínhas repetidas (slogans, frases feitas, afirmações óbvias, etc).
A base argumentativa é "dizer bem de si próprio" e "dizer mal do oponente". Se não convence, pelo menos  agudiza a indecisão e origina abstenção por voto branco ou voto nulo.

Se convence é óptimo porque ganha um voto, se não convence é bom porque cria dúvidas e negatividades sobre o outro com tendência para indecisão e neutralidade e a consequência neste caso é que os votos desses cidadãos deixam de existir, saem de jogo, o seu voto não "pesa", nem para uns nem para outros.

Esta estratégia "eu bom ou o outro mau" é fomentada pelo bug escondido no sistema. O bug é não haver votos contra, ou seja, não se pode votar contra ninguém, só se pode votar a favor de alguém. É uma solução de sabor masoquista porque, se não quer alguém (ou alguéns), tem que dizer SIM a um dos outros.
A situação é extremada quando se recusa todos, porque tem sempre que escolher um e, neste caso, é preferível escolher o que recusa menos. Em resumo, quando todos são maus, um deles vai ganhar com isso.

Os votos nulos são causados por erros processuais e os votos brancos são causados por escolhas impotentes, incapazes de se decidir. Mas recusar todos não é uma escolha impotente, incapaz de decidir, é uma escolha feita com responsabilidade e consciência.

Dizer NÃO, não é dizer que não sabe o que quer, é afirmar que sabe o que quer, é dizer que quer "nenhum-deles", logo não pode votar branco.
Este direito de dizer NÃO a todos não pode ser retirado ao eleitor ou o seu voto passa a ser um voto fraudulento porque é obrigado por "estranhos"a votar contra a sua consciência, a votar algo que não quer.

Quando comentadores dizem "não se abstenha, vote contra", isto é uma armadilha porque é impossível votar contra. Esta armadilha é clara se se perguntar "Então, voto em quem?". A resposta do comentador, ao indicar quem é o substituto que propõe, esclarece a intenção real do seu conselho e, se não indica ninguém, o seu conselho é apenas "fogo de vista" a vender falácias.

Aprofundando este bug, verifica-se que uma eleição tem duas fases:

A - Obtenção de conjuntos dos votos;
B - Decidir as consequências da sua comparação.

O bug está instalado na Fase A. A concretização da fase B tem diversos modelos para a sua execução, como por exemplo, o método Hondt e o método de Sainte-Laguë, uns adoptados por uns países e outros por outros.

A Fase A, se tiver o bug instalado, com a sua obrigação de votar em alguém, origina estratégias interessantes na luta partidária. A sua essência é a desvalorização do outro, estratégia essa que pode utilizar formas primárias de insultos, calúnias, fofocas, etc, até formas elaboradas e subtis como jogos psicológicos.
Como exemplo deste último, eis um cartaz com base na dinâmica de Karpman, com o jogo da vítima, perseguidor, salvador:

Agosto 2015
em que se apresenta uma vítima, perseguida pelo adversário e com o candidato a aparecer como salvador. Na prática, o jogo expressa-se num diálogo virtual com o eleitor do tipo [...há vítimas matirizadas por aquele perseguidor, junta-te a mim que sou seu salvador..].

A proposta é simples mas com "anzol embutido"(ancrage) pois, ao difundir afectivamente "diz não a eles", leva ao "beco sem saída" da obrigação de dizer SIM a outro e, por acaso, "aqui estou EU" disponível para aplicar o seu voto. É um processo de manipulação pelo contexto (go in).
(ver "Pregoeiros no poder", post 11) ( a publicar)

As legislativas em Portugal em 2011 são um exemplo claro da consequência de votações só com votos a favor, pois duas análises diferentes produzem resultados distintos. 
Assim, num gráfico apresentam-se as percentagens calculadas em função dos votantes e no outro as percentagens calculadas em função dos eleitores.

Os Dados base são:

eleitores: 9.624.133, votantes: 5.588.594, não-votos (abstenções+brancos+nulos): 4.263.912, ou seja,
abstenções: 4.035.539, nulos:79.995, brancos:148.378, votos em partidos:5.360.581

A - Percentagens baseadas nos votantes:


Legislativas 2011
A conclusão é que o partido mais votado (PSD) tem 38,65%, portanto, existiram 61,35% (100-38,65) de votantes que não o escolheram, ou seja, em números reais o PSD foi escolhido por 2.2 milhões de votantes e não foi escolhido por 3,4 milhões de votantes.

Os mesmos cálculos para o 2º partido, o PS tem 28,06%, portanto, existiram 71,94% (100-28,06) de votantes que não o escolheram, ou seja, em números reais o PS foi escolhido por 1.5 milhão de votantes e  não foi escolhido por 4.0 milhões de votantes.

 B - Percentagens baseadas nos eleitores:


Legislativas 2011
A conclusão é que o partido mais votado (PSD) tem 22,44%, portanto, existiram 77,56% (100-22,44) de eleitores que não o escolheram, ou seja, em números reais o PSD foi escolhido por 2.2 milhões de eleitores e não foi escolhido por 7,4 milhões de eleitores.

Os mesmos cálculos para o 2º partido, o PS tem 16,29%, portanto, existiram 83,71% (100-16,29) de eleitores que não o escolheram, ou seja, em números reais o PS foi escolhido por 1.5 milhões de eleitores e não foi escolhido por 8,1 milhões de eleitores.

Em conclusão:

Na análise das percentagens de votos, a mudança de perspectiva de votantes para eleitores altera a percepção da inserção e validação do programa "ganhador" na opção dos eleitores portugueses.

Considerando que a fase seguinte de 4 anos deve ser sustentada pela sintonia e consensos de todos os  eleitores e não apenas dos votantes, deve-se pensar o futuro democrático com base nos números reais de cidadãos-eleitores e não com o subgrupo parcial de cidadãos-votantes.

Para tornar clara a diferença, o elevada nível de consensos e adesão no sub-grupo ainda mais reduzido de cidadãos-membros do partido ganhador, torna este sub-grupo o ideal para ocupar todos os lugares de gestão durante os 4 anos (por alcunha os "boys").
Salienta-se que esta tática, sob o ponto de vista operacional, é lógica e, na História, todos os sistemas autoritários a fizeram e fazem, apesar da sua negatividade por destruir teias sociais.

Em resumo, o resultado comparativo é:

Percentagem de votos em partidos: 55.7%
As eleições pretendem criar um projecto de futuro que tenha o maior nível possível de consensos e adesão em toda a sociedade, de modo a possibilitar uma eficaz mobilização das forças sociais, todavia o anterior  resumo mostra o contrário.

Enquanto que a análise política dos votantes apresenta uma relação pró-contra de 2.2 versus 3.4, a análise sociológica da sociedade tem uma relação de 2.2 versus 7.4 muito mais desfavorável pois o dissenso é 217% superior ao consenso (217% de 3.4=7.4) .

Numa população de 9.6 milhões, estes 7.4 milhões de não-mobilizados, incluindo não-votos (talvez com não-adesões passivas) e contra-adesões partidárias (normalmente activas), significa que uma votação destinada a obter consensos, na prática criou um dissensos três vezes superior. 
Em resumo, a actividade democrática teve uma consequência contrária à sua essência e objectivo. Esta é a consequência directa do bug.

Este bug não é um problema dos eleitores, saliente-se a baixa percentagem de brancos e nulos demonstrando que os portugueses sabem votar e sabem escolher, nem sequer das propostas pois cada partido apresenta o que sabe, o que pode e o que quer (e assim deve ser), a questão é que o sistema de escolha está disfuncional com os bugs nele imiscuídos (ver 2ª parte).

Realmente o bug não está nos cidadãos eleitores, está claramente nas propostas apresentadas que não criam adesão. Porém, as propostas apresentadas têm todo o direito de existir como os seus proponentes as desejam, portanto, o mecanismo de escolha é que está armadilhado.

Em síntese numa linguagem comercial, o problema não é de quem "compra" (eleitor) nem de quem "vende"(partidos) é do "mercado" (mecanismo eleitoral) cujo funcionamento é defeituoso (tem bugs) e não deixa as escolhas funcionar livremente e criar propostas adaptadas.

Na prática, percebe-se a lógica da "técnica dos boys". Realmente, na situação de "esquizofrenia social" de 2.2 milhões versus 7.4 milhões, a tarefa exigida de conseguir motivar e energizar o projecto "ganhador" apresenta poucas probabilidades de sucesso.

A solução  da "técnica dos boys", isto é, de entregar o controlo e o enquadramento da gestão ao restrito grupo dos motivados, acaba por aumentar a "esquizofrenia social" e aumentar a precariedade de evolução positiva.

Continuação...

... No 10º post, a 2ª parte de "Nos indecisos está o futuro", analisa-se bugzinho que se esconde dentro do bug "só votas SIM" e também possíveis formas de resolver os dois. No fim, inclui-se um pequeno movie clip (4m) sobre uma solução.
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Indice do Blog
(com links para os posts já publicados)

No princípio era o caos
A viragem da civilização 
Fugindo da estupidez organizacional
A evolução aos "éssses 

Temporada 2 - Soluções?
Não guiar pelo espelho retrovisor

Morreu o consensus, viva o dissensus

A técnica do Jazz e o dissensus
E assim, co-labora ou morre

E por fim, a democracia da cumplicidade 
Aqui no futuro?

O 1º sonho

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